domingo, 29 de setembro de 2013

Intercâmbio cultural: uma transformação através do contato



"Travel brings power and love back into your life." (Rumi)


A frase apresentada acima certamente inspira a maioria de nós. Ela nos remete ao potencial transformador que uma viagem pode ter, imprimindo um impacto positivo em nossas vidas em termos de energia - uma energia que move e transforma em direção ao crescimento e ao desenvolvimento. A cada mudança externa, nosso mundo interno também se desarruma e se rearruma para acomodar o que apareceu de novidade e jogar fora o que não nos serve mais. É o processo de renovação.
Cada pessoa tem seu modo de se relacionar com o mundo e de lidar com o novo que se apresenta. Acredito que o homem existe sempre em relação, seja com o meio, seja consigo mesmo, e isso me faz pensar na contribuição dele próprio em tornar uma viagem fonte dessa energia de “amor”, como sugere a autora. Temos sempre a possibilidade de construir “pontes” ou “muros” ao longo do percurso: podemos nos permitir sermos tocados e transformados ou simplesmente passar pela experiência de uma viagem como se ela nada tivesse a oferecer.
À luz do olhar da Gestalt-Terapia, abordagem psicológica através da qual trabalho, nós só existimos através do contato. A cada vez que fazemos contato com algo, experienciamos uma forma de ser no mundo. E tudo pode contribuir para esta forma, desde a paisagem que nos circunda até alguém com quem estamos nos relacionando aqui-e-agora: em um momento do dia somos filhos, em outro irmãos, pais, trabalhadores e... turistas! A cada contato somos um, pois na verdade este “um” é indefinível: ele nunca é de forma fixa ou imutável, e sim ele está de determinada maneira, momento a momento. Somos infinitas possibilidades a cada segundo.
         Esta visão sugere que estamos em constante mudança. Erving e Miriam Polster afirmam que “o contato é implicitamente incompatível com permanecer o mesmo. A pessoa não precisa tentar mudar por meio do contato; a mudança simplesmente acontece” (2001, p.114). Não precisamos "tentar mudar", porém cabe a nós deixar que o contato aconteça livremente, em um estado de abertura. Desta forma nos nutrimos emocionalmente. Podemos observar em inúmeros relatos de pessoas que visitaram outros países o quanto esta experiência foi enriquecedora para elas, pois raramente vão e voltam com a mesma autopercepção ou se sentindo da mesma maneira. O intercâmbio cultural é, assim, um convite para a mudança, pois quanto maior a diferença entre nós e o que está fora, maiores são as possibilidades de troca.


Referência bibliográfica:
POLSTER, E. & POLSTER, M. (2001) Gestalt Terapia Integrada. São Paulo: Summus.

Foto retirada da página: http://infojovem.org.br/infopedia/tematicas/diversidade/cultura/

sábado, 20 de abril de 2013

Cultura e saúde mental





            Imersos na correria do dia-a-dia, dificilmente paramos para pensar no meio cultural onde estamos inseridos. Estamos confortáveis no ambiente já conhecido e familiar, e os nossos olhos estão tão acostumados ao cenário que por vezes precisamos viajar para algum lugar novo a fim de sentir que eles ainda enxergam. Tudo ao nosso redor se torna natural, comum. Porém, aqui ou em qualquer outro meio, existe uma situação singular, um código próprio de comunicação, uma série de simbolismos, de rituais; há uma forma de ser-no-mundo específica de cada grupo social, com mitos, normas e até gestuais característicos. Tudo isso faz parte da cultura e ela contribui para a nossa saúde psicológica muito além do que imaginamos.
           Consultando a literatura sobre o tema, alguns autores nos dão importantes contribuições. Martins Borges e Pocreau (2009), em um um estudo sobre a identidade como fator de imunidade psicológica, afirmam que a dimensão cultural possui funções que atuam no equilíbrio dinâmico do indivíduo, estruturando o seu psiquismo. A cultura, para eles, é como uma fonte repleta de significações onde o sujeito pode encontrar os sentidos que necessita para as suas experiências. Ela possuiria um papel fundamental na estruturação da identidade, na sua manutenção e nas suas transformações, operando como um “envelope cultural” que estrutura as representações por meio da língua e delimitando o mundo interno e o mundo externo, ou seja, o “dentro” e o “fora”.  Além disso, seria através da cultura que os ritos e rituais de iniciação - tais como o nascimento, casamento, mortes, catástrofes, etc. - seriam fixados.
          Indo um pouco mais além, podemos dizer que a cultura também contribui para a proteção do psiquismo em situações adversas: ela fornece aos seus membros as defesas comuns contra a angústia e a solidão, funcionando como “amortecedores do Real”, expressão utilizada por Laplantine (2007, p.89). Nela seriam disponibilizadas modalidades para a resolução de conflitos, indicando maneiras de se comportar em situações de extremo estresse e em momentos críticos e significativos da existência.
         O enraizamento em uma identidade cultural bem definida, a continuidade de si por meio das representações culturais e o sentimento forte de pertencimento a um grupo de referência são elementos que garantem a proteção psicológica do sujeito e mantém a segurança interna, afirmam os autores. A cultura nos permite significar e transcender. Nascemos em um grupo e este grupo vai conosco pela vida dentro de nós, nos permitindo ser quem somos e nos recriar a cada momento, seja dentro ou fora dele. A sustentação que fora criada é condição para nossos movimentos e voos pelo mundo.




MARTINS BORGES, L.; POCREAU, J-B. A identidade como fator de imunidade psicológica: contribuições da clínica intercultural perante as situações de violência extrema. Psicologia: Teoria e prática, v. 3, n. 11 (2009), p. 224-236.

LAPLANTINE, F. L’ethnopsychiatrie psychoanalytique. Paris: Éditions Beauchesne, 2007.




sábado, 2 de fevereiro de 2013

Expectativas: qual é a medida certa?



            


           Algumas pessoas dizem que a melhor parte da viagem acontece antes mesmo dela chegar: é aquele momento onde temos as primeiras ideias sobre para onde ir e depois escolhemos e imaginamos como seria estar naquele lugar. Começamos a flertar e a estabelecer uma espécie de namoro à distância, conversando com quem já esteve lá, buscando fotos e suspirando por elas, sem nos cansarmos nunca, como um apaixonado que suspira pela amada que está longe. O friozinho na barriga, a mistura de medo com euforia, o coração acelerado quando lembramos que a cada dia a data da viagem se aproxima mais... Quase sem nos darmos conta, somos invadidos pelas expectativas. Mas será que nutri-las faz bem?

Antes de fazermos uma viagem, é natural e saudável que nos preparemos para ela, buscando começar a conhecer aquele lugar e a adquirir informações práticas importantes. Buscamos uma orientação, afinal, ninguém quer ser surpreendido por problemas que poderiam ser evitados por simples informação prévia. Porém, existe o outro lado desse pré-contato com a viagem que é a antecipação desse lugar na nossa imaginação pela busca de prazer. Estas “viagens imaginativas” são deliciosas - para alguns são tão ou mais deliciosas do que a própria viagem. Criamos um ideal e viajamos nele porque é gostoso. Entretanto, “viajar” demais nessa fantasia pode causar frustração depois, pois dificilmente a realidade corresponderá ao ideal que criamos.

A priori, ter expectativas não é algo bom nem ruim. Elas podem ter consequências ruins, dependendo de como as administramos. O segredo para sonhar mantendo o bem-estar está na medida das nossas fantasias. Sim, cabe a nós dosá-las para que elas não se tornem grandes demais a ponto de nos causar desconforto depois. Os sonhos são necessários para que a gente se mova em direção aos nossos desejos – sem eles, muitas viagens nem seriam realizadas – mas as fantasias sobre eles podem acabar sufocando o nosso momento presente, provocando ansiedade ou causando um choque quando contrastado com a realidade (gerando frustração).

Mas qual é a medida ideal de expectativa? Essa medida não é igual para todos: ela varia de pessoa para pessoa e de acordo com cada situação e momento específicos. Entretanto, a meu ver, imaginar um tamanho ideal para uma expectativa é praticamente impossível e ilusório, devido ao seu caráter subjetivo. O que acontece é que há uma dificuldade em saber se é necessário diminuir as expectativas e quando é o momento de começar a fazer isso. E ainda, se é preciso diminuir pouco, muito ou não diminuí-las! Quanto mais explorarmos estes pontos, mais ficará clara a “medida certa”.

Quanto mais você se der conta de que está criando expectativas e de como está fazendo isso, mais fácil e natural se tornará saber quando é a hora de colocar um freio nelas. Listei algumas formas de exploração que podem ajudar. Não são todas necessárias ou obrigatórias, como um passo-a-passo rígido: são apenas sugestões de caminhos exploratórios que podem te facilitar. Siga apenas o confortável e o necessário para você!*

1)       Estar consciente (dar-se conta) de que está criando expectativas aqui-e-agora
Sim, pode parecer pequeno, mas faz uma enorme diferença! O simples fato de estar consciente sobre a sua expectativa – ou seja, simplesmente perceber que está criando expectativas aqui-e-agora – será muito importante para aprender sobre como lidar com elas. A dica número 1 é: pare e preste atenção em você.

2)      Como são essas expectativas?
O segundo passo é a exploração da sua própria expectativa. Apenas continue prestando atenção, só que esmiuçando os detalhes. Imagine que está olhando a sua expectativa. Como é essa expectativa? Você sente que é pequena, média ou grande? Te ocupa muito tempo ao longo do dia? Ela tem formato de pensamentos, de imagens, de sonhos durante a noite? Ou ela aparece em forma de longas conversas sobre o assunto com amigos ou conhecidos? Como ela se presentifica na sua rotina?

3)      Como eu me sinto quando estou com essas expectativas?
Esse ponto é importante para começar a distinguir se as suas expectativas estão te fazendo bem ou mal. Quando se pegar na expectativa, explore como se sente. Podem vir vários sentimentos ou sensações, deixe que venham livremente. Feliz? Ansioso? Com medo? Calmo? Preocupado? Tranquilo? Preste atenção ao seu corpo quando estiver fazendo essa exploração, pois desconfortos físicos indicam desconfortos emocionais. Se lembrar da viagem te causa aperto no peito, ou se o coração acelera a ponto de ser uma sensação ruim ou se te atrapalha a dormir, isso é um sinal de alerta de que a expectativa pode estar sendo excessiva.

4)      Como / para quê / quando crio expectativas?
Pergunte-se como você cria essas expectativas (ex.: viagem imaginativa, busca por fotos, conversas com amigos sobre o assunto, entre muitas outras formas) e quando ou para quê você faz isso (ex.: quando está sem nada para fazer, quando está triste com alguma coisa / para tornar a vida presente menos sem graça, para se sentir mais feliz, etc.). Estas perguntas te ajudarão a identificar a expectativa e saber parar, se identificar que elas estão fazendo mal. Por exemplo: se você percebe que está criando expectativas porque a vida no momento está sem graça, pode buscar outra fonte de prazer aqui-e-agora ao invés de antecipar a viagem nos pensamentos.

5)      Como foi nas viagens passadas?
Tente se lembrar das viagens anteriores que fez e se houve muita ansiedade antes da viagem ou frustração durante a viagem. Se sim, pode ser um sinal de que é hora de diminuir as expectativas nas próximas vezes.

A dica principal é: a melhor medida é aquela que te faz bem!


*Importante: essa exploração pode ser algo difícil de fazer. Se for difícil para você, causando algum desconforto, não insista além do seu limite. Procure a ajuda de um psicólogo: fazer psicoterapia irá auxiliá-lo no autoconhecimento e na aprendizagem para realizar as melhores escolhas.           



Foto: http://maisequilibrio.terra.com.br/diminuindo-as-expectativas-as-decepcoes-tambem-diminuirao-7-1-6-372.html

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quando não estamos sós: a importância das redes sociais significativas


           

           No filme “Encontros e Desencontros” (Lost in Translation - 2004), Bob (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett Johansson) se conhecem casualmente em Tóquio, no bar de um hotel de luxo. Ambos estão como turistas na cidade: Bob para gravar um comercial de uísque e Charlotte para acompanhar o marido, um fotógrafo workaholic que a deixa sozinha dias inteiros no hotel. Em pouco tempo, os dois se tornam amigos - uma amizade especial que acaba se transformando em um bote salva-vidas em meio a um ambiente que lhes parece muito estranho. Os dois passam a sair pela cidade e este lugar, que antes parecia entediante e incompreensível, passa a se tornar pelo menos passível de diversão. A relação entre Bob e Charlotte é um farol em meio à nebulosa Tóquio, para esses dois americanos.
            Este filme ilustra de uma forma muito bonita o que em psicologia intercultural chamamos de “redes sociais significativas”. O termo se refere ao conjunto de todas as relações que um indivíduo percebe como importantes para ele ou diferenciadas do restante, como um sistema aberto que possibilita a troca com integrantes de outros grupos sociais. Para Sluzki (1997)¹, esta rede é uma matriz interpessoal que funciona como uma das chaves da experiência de identidade, bem-estar, competência e capacidade de adaptação em meio a uma crise. Tais redes funcionam como um ambiente facilitador durante uma viagem ou uma mudança de país definitiva. No caso de Bob e Charlotte uma rede foi formada e, embora pequena, foi essencial para a permanência dos dois na cidade.
           Moré (2005)² nos dá alguns exemplos de importantes funções desempenhadas pelas redes sociais. São elas:

Companhia social: relacionada com a realização de atividades conjuntas ou estar juntos em determinadas situações “vitais”, tais como: doença, morte de alguém, etc.
Apoio emocional: seria a relação de compreensão, empatia, estímulo e apoio.
Guia cognitivo: está contida nas relações que fornecem informação, esclarecem expectativas e proporcionam modelos de papéis.
Regulação social: neutraliza desvios comportamentais, lembram responsabilidades e favorecem a resolução de conflitos.
Ajuda material ou de serviços: relacionada com uma ajuda profissional específica, incluindo serviços de saúde e sua equipe;
Acesso a novos contatos: fornece abertura para a possibilidade de outras relações além das já estabelecidas e que evidenciam seu potencial de vínculo.

            Viajar para um lugar desconhecido pode ser muito mais agradável quando se está acompanhado. Além de tornar a viagem mais divertida, pode prevenir desconfortos emocionais ao fornecer suporte importante. Sendo assim, anote a dica: se você não tem experiência em viajar sozinho, leve alguém com você ou busque formar alguma rede por lá antes de ir. Pode ser via internet, por exemplo: hoje em dia há comunidades de brasileiros espalhadas pelo mundo todo que fornecem esse tipo de apoio. Planeje-se e boa viagem!



¹MORÉ, C. L. O. O. (2005). As redes pessoais significativas como instrumento de intervenção psicológica no contexto comunitário. Paidéia (Ribeirão Preto), 15 (31), 287-297.
²SLUZKI, C. E. (1997). A rede social na prática sistêmica: alternativas terapêuticas. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Foto: http://viewerscommentary.wordpress.com/2012/02/14/special-review-lost-in-translation-a-personal-valentines-day-reflection/

domingo, 13 de janeiro de 2013

Partindo para longe: afinal, o que buscamos?


“Quando considero (...) o pequeno espaço que ocupo e que vejo tragado pela imensidão infinita de espaços dos quais nada sei e que nada sabem a meu respeito, assusto-me e impressiono-me de me ver aqui e não lá: não existe motivo para que eu esteja aqui e não lá, agora e não então. Quem me pôs aqui?”
Pascal, Pensées, 68


            Chega um momento em que é preciso parar tudo diante da possibilidade de transformar o sonho em acontecimento concreto: finalmente, aquela viagem. A viagem dos sonhos almejada por anos, o intercâmbio, a oportunidade de emprego imperdível fora do país, a mudança de vida para o exterior que sempre fez tanto sentido e que agora é a hora de botar em prática com todos os medos e anseios...  A verdade é que existem poucas coisas na vida que nos “puxem mais pelo estômago” do que uma viagem. O estômago é o órgão que responde aos nossos anseios mais primitivos: aquele que recebe o que vem do mundo e também o que pede pelo que está lá fora quando o que está dentro não mais satisfaz. A fome chega e nos faz desejar o mundo. Mas afinal, que fome é essa? Temos fome de quê?


            Alain de Botton, em sua obra “A arte de viajar”¹, fala sobre o desejo de viajar que chega para nós, na maioria das vezes, junto com um monte de expectativas. Para o autor, poucas atividades revelam tanto a respeito da dinâmica pela busca da felicidade do que o ato de viajar, com toda a sua empolgação e seus paradoxos. É certo que a “fome” de cada um de nós é algo muito particular e com muitas nuances diferentes, sendo quase impossível determinar um único desejo comum a todos. Entretanto, talvez a busca pela autorrealização seja um desejo prevalente na maioria das situações: nós só nos movemos quando o que está aqui não está bom, quando o que existe “cá” não nos satisfaz mais – e então vamos para “lá”.
            Buscamos, assim, algo lá fora que nos realize, que contenha aquilo que atenda aos nossos anseios presentes. E é por meio deste passo que, movidos pela nossa própria falta, abrimos a porta de casa rumo ao novo, ao desconhecido. Porém, este desconhecido é, paradoxalmente, também o conhecido da nossa própria intimidade. Sim, nossas faltas, nossos desejos e tudo aquilo que almejamos falam muito de nós, talvez mais do que quando nos sentimos completos.
O que tem lá fora sempre nos leva a um encontro com nós mesmos. É através do próprio contraste com o diferente que percebemos o nosso contorno, as nossas especificidades. Talvez aquela “fome” seja a fome do nosso próprio íntimo, de fazer contato com o que somos através das nossas aspirações, do nosso caminhar e das nossas mais ousadas realizações. Afinal, também somos a incerteza, o movimento e o que nos “chama” ao encontro. A viagem, eu diria, é a busca por um mergulho na nossa própria existência.


¹BOTTON, Alain de. A arte de viajar. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.


Foto: http://www.zenitecerimonial.com.br/conteudo.php?tit=pacotes_de_viagens_cvc&id=28


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O que é Psicologia Intercultural?

A Psicologia Intercultural - campo da psicologia que vem ganhando cada vez mais força no Brasil e no resto do mundo - ocupa-se dos estudos sobre a diversidade do comportamento humano e sua relação com a cultura, bem como da relação entre pessoas/grupos de culturas diferentes e seu impacto sobre o indivíduo e a sociedade. Estes estudos surgiram a partir da globalização, quando os fluxos migratórios internacionais tornaram-se cada vez mais intensos, complexos e ramificados. Os muitos encontros entre pessoas de culturas totalmente diferentes chamaram a atenção da Psicologia para diversos aspectos que envolvem este encontro, tais como: a adaptação ao novo meio, a inserção em um novo grupo social, o processo de "aculturação" (adaptação à nova cultura), o "luto migracional" (referente às perdas geradas pelo deslocamento), o retorno ao país de origem após um longo período de tempo no país de destino, entre muitos outros interessantes temas.





Foto: http://xopoluxon.blogspot.com.br/2010/06/o-mundo-esta-realmente-em-nossas-maos.html


Bem Vindos!

Olá! Seja bem vindo ao meu blog!

Sou psicóloga e meu interesse pela Psicologia Intercultural surgiu a partir de uma viagem de intercâmbio que fiz para a Inglaterra. Lá, fiz contato com pessoas de diferentes nacionalidades e com a cultura local. Eram novos lugares, cores, temperatura, cheiros e sabores. Pude sentir a capacidade incrível que este contato teve de me transformar como pessoa, nas dificuldades e nos momentos alegres. A novidade alimenta. Voltei diferente e o encantamento pelo tema permanece até hoje.
Neste blog pretendo publicar textos referentes à Psicologia Intercultural e a qualquer outro tema relacionado.

Espero que gostem das postagens! Comentem, vamos trocar!

Um abraço,

Elisa